sábado, 19 de dezembro de 2009

V Festival Cantos do Piauí

Atendendo a um convite da FUNDAC, Fundação Cultural do Piauí, órgão da gestão estadual de cultura, comandada por Sonia Terra, formulado pelos companheiros Chagas Valle e Alexandre Naka, estivemos, eu e o nobre colega de ofícios Raimundo Luiz, diretor da Escola de Musica do Estado Maranhão, dias desses em Teresina, compondo o júri do V Festival Cantos do Piauí, ao lado do parceiro maranhense Lourival Tavares, grata surpresa do momento, não sabia de sua presença em tais plagas mais, Eduardo Fidelis, maestro cearense, Coordenador de Música da Secretaria de Cultura do Ceará, especialista em Arte Educação e Dr. em Música, e o pernambucano Tales Siqueira – Coordenador de Música da Regional Nordeste do Ministério da Cultura.
De cara uma novidade chamou atenção na proposta do festival. Que tal uma seleção publica das finalistas, garantida ai a execução antecipada, em números iguais de veiculação, de 12 concorrentes peneirados das quase 160 canções inscritas? Aqui tem!... A execução de musica em rádios comerciais, essa foi a situação ali, via de regra absoluta é algo cheio de meandros disfarçados para encobrir o, velho e duro na queda, jabá. Musica não existe sem execução, no radio até algum tempo atrás era quem dava razão a existência do barato. Hoje as coisas estão atrás de um rumo claro ou as varias mídias existentes dão as cartas. Os últimos exemplares desse quase extinto formato de acontecimento musical deixaram um forte sentimento de frustração em todos quantos se interessaram pelas obras ali autenticadas. Ninguém sabe quem foi, quem é, como é ou de quem é ou como quem foi? Tudo já é passado na tomada de câmera seguinte, em velocidade astronômica. Neste caso cada uma delas teve quase trezentas execuções em onze rádios no estado, sendo sete em Teresina. As ligações beiraram a ordem da centena de milhar com um numero estimado de ouvintes em torno de um milhão de pessoas. Grifo aqui para o item qualidade do repertorio, pois tratou-se de um contingente selecionado entre inscrições que atendiam as exigências previstas no regulamento da competição cultural.
As emissoras de radio deste país são concessões publicas e deveriam servir também para trabalhar na formação cultural de seus ouvintes, longe da ótica vesga do mercado, como bem o fazem.

No frigir dos ovos:

3ª Colocada – “Quem Sabe um Dia” de Dário de Paulo.
2ª Colocada – “Ela É Daquelas” de Dário de Paulo.
1ª Colocada – “Estro” de Gilvan Santos.

Melhor Arranjo – Gilvan Santos, por “Estro”.
Melhor Melodia – Empate: Gilvan Santos (“Estro”) e Dário de Paulo (“Ela É Daquelas”).
Melhor Letra – Empate: Gilvan Santos (“Estro”) e Dário de Paulo (“Ela É Daquelas”).
Melhor Intérprete – Soraya Castelo Branco, por “Estro”.

Nossos parabéns a FUNDAC pela coragem e acerto da iniciativa.

Um aviso aos incautos: no próximo ano não vai dar pra ligar usando as vantagens das assinaturas de telefone sem limites para ligações locais. Vocês só vão poder fazer uma ligação por dia de um mesmo numero.
Viu espertinho???!!!...

2 comentários:

alexandre disse...

oi josias,

muito obrigado por participar do festival.
acho que conseguimos um bom resultado com essa empreitada.

esperamos encontrá-lo em breve,

abraço,
Alexandrenaka

zema ribeiro disse...

grande josias: fui convidado para ser jurado deste festival, mas compromissos de trabalho outros me impediram. bom ler, ainda que tardiamente, este teu relato. se acontecesse algo do tipo no maranhão, hein? abraço grande, parceiro!