segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Praticar música na infância deixa adulto mais inteligente


Praticar música na infância deixa adulto mais inteligente

Prática musical ajuda na criação de conexões no cérebro que lidam com os desafios da velhice

Inteligência musical: praticar um instrumento quando criança ajuda a lidar com os desafios da velhice
Inteligência musical: praticar um instrumento quando criança ajuda a lidar com os desafios da velhice (Jupiterimages)
Aprender a tocar um instrumento musical ainda criança pode ajudar a tornar o indivíduo mais inteligente na fase adulta. Um estudo americano analisou pessoas que tiveram aulas de piano, flauta, clarinete e outros instrumentos na infância. Aqueles que praticavam música quando pequenos tiveram desempenho melhor em testes de inteligência do que pessoas que não tiveram contato com a música. E quanto mais tempo os músicos mantiveram praticando até a idade adulta, melhores eram os resultados. O artigo foi publicado no periódico americanoNeuropsychology.

Cientistas da Universidade de Kansas (EUA) dividiram 70 adultos entre 60 e 83 anos em grupos dependendo da experiência musical de cada indivíduo. Depois disso, foram aplicados testes de inteligência. Todos que tinham experiência com música começaram a praticar um instrumento quando tinham cerca de 10 anos e eram amadores. Os resultados mostraram que os músicos foram melhores que as pessoas que não tinham experiência com música.

Aqueles que continuaram tocando um instrumento por mais tempo foram ainda melhor nos testes. Contudo, músicos habilidosos, que ainda continuavam praticando na idade adulta, não foram melhores que aqueles que desistiram em uma idade avançada. Isso indica que a duração do estudo musical seria mais importante do que o fato de continuar tocando quando mais velho.
Para os autores da pesquisa, a atividade musical pode servir como um exercício de desafio cognitivo, fazendo o cérebro mais capaz de acomodar os desafios do envelhecimento. "Estudar um instrumento requer anos de prática e aprendizado. É possível que a prática crie conexões alternativas no cérebro que ajudam a compensar a redução cognitiva fruto da velhice", explicou Brenda Hanna-Pladdy, chefe da pesquisa, em entrevista ao jornal inglês Daily Mail.

Brenda acredita que tanto a quantidade de anos praticando música e o período da vida quando isso acontece são importantes. "Existem épocas cruciais na formação do cérebro que amplificam o aprendizado, o que torna mais fácil aprender um instrumento antes de determinada idade e, portanto, tem um impacto maior no desenvolvimento do cérebro".
Transcrito de veja.com.br

Oficina de percussão corporal em movimento

O Bailarino e percussionista colombiano Daniel Matallana, estará ministrando no Laborarte uma oficina de percussão corporal em movimento.
     Segundo Daniel ,a  percussão corporal em movimento é uma técnica recente das artes cênicas que procura integrar elementos da musica e a dança, sem esquecer as conseqüências teatrais que tal integração possa ter ¨ Diz ainda que, ¨ bem como ocorreu nas cerimônias e ritos de nossos ancestres, os participantes desta oficina vão experimentar como o rítmico afunda suas raízes em nossa massa muscular, revelando com isso todo tipo de intensidades humanas e criativas que esperavam latentes em nosso interior.¨
      Afirma ainda que,¨ está oficina propõe um intercâmbio permanente entre os terrenos da musica e da dança, o movimento e o som, para descobrir um novo território pleno de espontaneidade, intuição e gozo ¨.
      Daniel Matallana, Docente e bailarino ativo de flamenco e dança contemporânea em Bogotá (Colômbia).  Começou dançando ballet desde pequeno. Descobriu o flamenco e a percussão corporal numa estadia de intercâmbio em Barcelona (Espanha) onde morou por dois anos. É filosofo graduado da Universidade Javeriana em Bogotá, mas a gosto pelas artes do corpo foi uma inquietude permanente em sua formação profissional.Paralelamente, tem pesquisado as músicas populares da América Latina, viajando em diversas trocas culturais pela Argentina, Chile, Perú e, agora no Brasil.
       Seu trabalho em artes cênicas abriu-lhe as portas para trabalhar com diversas companhias colombianas e estrangeiras: a companhia de dança contemporânea de Carolyn Carlson (USA), a companhia de flamenco de Griset Damas (Cuba), e o grupo experimental de teatro e percussão corporal Pulsos Vitales (Colombia).

Horário da oficina:
Segunda a Sexta: 09 as 12 horas
Duração : 06 a 10 de fevereiro
Valor da oficina: R$. 40,00
Inscrições no Laborarte: Rua Jansen Muller, 42 – Centro.
FONES: 98. 32312725 / 32227570  / 88262057.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Mestre Teodoro, segue adiante...


Seu Teodoro morre de parada cardíaca nesta madrugada (15-01)


O mestre da cultura popular, do Bumba-meu-boi no DF e comendador da Cultura, Seu Teodoro Freire, faleceu às 3h20 desta madrugada (15-01-2011) no Hospital Santa Helena, em Brasília. Ele estava com 91 anos e sofria de enfisema pulmonar, e já há alguns dias vinha resistindo bravamente aos revezes das saúde debilitada. Ele conseguiu, ainda em vida, a honra e o merecido reconhecimento de receber das mãos do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do também então Ministro da Cultura Gilberto Gil, a Ordem do Mérito Cultural tornando-se uma grande referência de cultura popular na cidade e sendo reconhecido o trabalho dele como patrimônio imaterial do Distrito Federal.
“Ele será cremado ainda hoje e já estamos providenciando os detalhes de seu velório”, informou consternado um dos filhos dele, Guarapiranga Freire, que nos últimos anos tem assumido a responsabilidade em continuar com o trabalho cultural do Bumba-meu-boi e do Tambor-de-Crioula de Seu Teodoro.
No último dia 10 foi aberto o período de festejos de São Sebastião, que iria até o próximo dia 20. “Com o falecimento de meu pai, teremos que cancelar toda nossa programação deste mês. Não há o menor clima de continuarmos com as festividades agora. Ficou um vazio muito grande”, explicou Guarapiranga Freire.
Sonhos não realizados
Seu Teodoro Freire, como idealista e grande sonhador, partiu sem conseguir realizar alguns de seu maiores sonhos: o primeiro e maior, era a construção da nova sede do Centro de Tradições Populares. “Esse sonho, lutaremos para tentar realizar e dependemos da garantia de recursos junto ao Governo do Distrito Federal e da iniciativa privada. Pena que não conseguimos realizá-lo dentro das comemorações do cinquentenário do Bumba-meu-boi e Tambor-de-crioula de Seu Teodoro. Chegamos até a lançar o projeto arquitetônico das novas instalações do Centro de Tradições Populares”, relembrou Guarapiranga Freire. Segundo ele, os objetivos da nova sede são: a manutenção deste Patrimônio Cultural Imaterial do Governo do Distrito Federal, promoções de intercâmbio cultural entre Brasília -DF / Maranhão, entre outras unidades da federação, e ainda uma parceria planejada para atender os anseios da comunidade do Distrito Federal, com atenção especialmente voltada para as Escolas Públicas e Zonas rurais. “ Esse espaço em Sobradinho, que abriga todas as festas maranhenses, será transformado em museu quando o novo edifício for construído”, promete Guarapiranga Freire.
Outras paixões não realizadas de Seu Teodoro eram aparentemente ainda mais difíceis: a construção, em pleno Planalto Central, de um clube de regatas do Flamengo e uma versão local da Estação Primeira de Mangueira, a escola de samba do coração dele.
Seu Teodoro Freire
Seu Teodoro chegou à cidade em 1962, trabalhou na Unb, criou o Centro de Tradições Populares e seguiu mantendo viva a cultura do Bumba meu boi na cidade
O maranhense Teodoro Feire, conhecido como Seu Teodoro, nasceu na pequena cidade de São Vicente Ferrer, localizada a 280 km de São Luís (MS), em 1920. Desde os oito anos era apaixonado pelo cultura popular e dedica-se à tradição de sua região: o Bumba meu boi e outras paixões como o time de futebol Flamengo e sua escola de Samba, a Mangueira. Ele sempre usava um chapéu de palha com tira vermelha e preta, referência à paixão pelo time rubro-negro carioca. “Sempre recordo do dia que ganhei meu chapéu de palha, com uma tira preta, de um estudante da Universidade de Brasília. Depois, tive que colocar a fita vermelha já que não uso o preto sem o vermelho junto”, gostava de falar.
Quando menino, em épocas festivas, saía às escondidas para acompanhar os cantadores e as toadas de boi, escondido da sua mãe. Passou uma temporada no Rio de Janeiro até chegar em Brasília, em 1962.
Assim que chegou à capital do Brasil, foi trabalhar na Universidade de Brasília e após um ano criou o Centro de Tradições Populares, em Sobradinho, com o intuito de difundir e levar adiante as festas e danças dessa importante manifestação da cultura e folclore brasileiro. “É importante manter a dança do boi viva para as novas gerações”, gostava de defender.
A primeira apresentação e visita à cidade aconteceu mesmo antes de morar em Brasília. Foi no primeiro aniversário da cidade, quando veio para fazer uma apresentação. Encantou-se com o Planalto Central e veio para ficar.
O Centro de Tradições Populares, no começo, era bem simples, feito de paredes de taipa, chão de terra batida e teto de palha. Hoje, tem uma boa estrutura e reúne cerca de 75 integrantes onde faz apresentações de bumba-meu-boi, de Tambor-de-Crioula e comemora as festas de São Sebastião, São Lázaro e da Matança do Boi (essa há 49 anos). Houve também o Encontro-de Bumba-meu-Boi realizado na Funarte, em homenagem ao sempre empolgado mestre.
Fonte: Marcos Linhares e Gabriel Alves (assessoria de imprensa do Centro de Tradições Populares) 

Música diminui a dor


Escutar música realmente pode tornar mais fácil uma situação difícil e dolorosa, como um procedimento médico – especialmente se você estiver ansioso quanto a isso.
Em um novo estudo, 134 pessoas ouviram música enquanto recebiam um choque doloroso na ponta do dedo. Pediram aos participantes para acompanhar as melodias, e identificar tons estranhos para que a mente tirasse o foco da dor.
E parece que deu certo. A dor das pessoas diminuiu conforme elas foram sendo mais e mais absorvidas pelo som. Aqueles que estavam mais ansiosos tiveram os melhores resultados quando ouviam música.
“Nossos resultados sugerem que atividades de empenho, como ouvir música, talvez sejam as mais efetivas para reduzir a dor em pessoas ansiosas”, conclui o líder da pesquisa, David H. Bradshaw.
O estudo não analisou diferentes estilos musicais. Bradshaw afirma que o tipo de música não é tão importante quanto o interesse da pessoa no resultado.
Os pesquisadores calcularam as respostas à dor através da atividade elétrica do cérebro, dilatação das pupilas e outros métodos. Esses são considerados melhores do que entrevistas posteriores.
Médicos já conhecem o poder da música há muito tempo, usada geralmente como forma de distrair pacientes ansiosos. O dentista Roger Fillingim afirma que o estudo mostra que o efeito talvez seja ainda maior em quem é exageradamente ansioso.
“O medo era que qualquer coisa que fizéssemos seria frustrado pela ansiedade, mas o estudo sugere que certos tipos de distração realmente conseguem diminuir a ansiedade e a dor”, comenta.
Raffi Tachdjian já viu crianças não sentirem dor através do seu trabalho na Children’s Music Fund, um grupo sem fins lucrativos que oferece instrumentos musicais e terapia musical para crianças, adolescentes e adultos jovens com condições crônicas e doenças permanentes.
“A música ajuda a mostrar para essas crianças que elas podem superar isso”, afirma. Além de ser uma simples distração, ela também pode ter efeitos como os da acupuntura, interrompendo os caminhos da dor. “Digamos que o ‘andar um’ é seu dedo, e o cérebro a cobertura. A música ajuda a bloquear o elevador”. Dessa maneira, os sinais da dor não conseguem viajar até o cérebro.
Para aqueles que querem um ajuda extra na próxima visita ao dentista, Bradshaw dá uma sugestão: “Ouvir música ou jogar vídeo game com fones de ouvido é efetivo, já que o som esconde o barulho dos instrumentos do dentista”.